Tecnologia de ponta para contribuir com o Net Zero é a aposta da Equinor Brasil, patrocinadora black da Rio Oil & Gas 2022
Uma transição energética eficiente e competitiva é um desafio não só para o setor de energia, mas para toda a sociedade. Ciente do desafio, a Equinor Brasil investe cada vez mais em pesquisas e desenvolvimento de novas tecnologias para contribuir com o almejado net zero em 2050.
Para reafirmar esse compromisso e posicionamento, Veronica Coelho, presidente da Equinor Brasil, apresenta, em entrevista exclusiva para o Boletim da Rio Oil & Gas, temas essenciais como a ampliação do portifólio com foco em energias renováveis, soluções em recuperação de poços, eficiência em políticas de redução das emissões de GEE (gases de efeito estufa) e descarbonização.
Com sede na Noruega e operações em mais de 30 países, a Equinor é patrocinadora black da Rio Oil & Gas 2022, um dos maiores eventos de petróleo e gás do mundo. A companhia é presença confirmada na exposição com estande no Armazém 4 e, conforme edições anteriores, terá uma participação ativa tanto nas sessões plenárias, como nas técnicas.
Veronica destaca que debater e fomentar a discussão sobre transição energética, novo mercado do gás natural, agenda ESG e desafios e oportunidades da indústria de óleo e gás no Brasil, além de inovação, inclusão e diversidade, estão entre as expectativas da Equinor para o evento que acontece entre 26 e 29 de setembro, no Boulevard Olímpico, no Rio de Janeiro.
Confira abaixo a entrevista exclusiva com Veronica Coelho, presidente da Equinor Brasil, e saiba mais sobre os projetos e ações que serão apresentados durante a maior feira de óleo e gás da América Latina, que abriu inscrições no dia 27 de junho.
1- A Equinor investe em tecnologia de ponta para o upstream e recentemente, em parceria com a Petrobras, iniciou com sucesso a produção dos dois primeiros poços do projeto de recuperação avançada de petróleo. Que outros exemplos poderiam ser destacados pela empresa em P&D?
Ao longo de duas décadas de presença no Brasil, a Equinor implementou tecnologias inovadoras, contribuindo para o desenvolvimento local, com investimentos e geração de empregos. Em Roncador, na Bacia de Campos, utilizamos a tecnologia IOR (Increased Oil Recovery) para aumentar o fator de recuperação do campo.
Temos a ambição de zerar nossas emissões líquidas até 2050 e o objetivo de reduzir as emissões líquidas de gases de efeito estufa em todo o grupo em 50% até 2030, com a meta de que 90% disso seja entregue como reduções absolutas. Esperamos que mais de 50% de nossos investimentos brutos em 2030 sejam direcionados para energias renováveis e soluções de baixo carbono. O Brasil contribuirá muito nesse caminho de redução de emissões da Equinor em nível global, dada a sua relevância no portfólio da empresa. Por exemplo, em Peregrino, na Bacia de Campos, a Equinor está substituindo o combustível principal (diesel) por gás natural importado. Com isso, a empresa poderá reduzir em 25% as emissões de CO2 nos ativos. O CO2 do campo de Peregrino será reduzido em 100.000 toneladas por ano, após o início das operações da nova plataforma fixa que será conectada ao campo de Peregrino. Isso equivale às emissões de 50.000 carros rodando por um ano. Nesta nova plataforma fixa haverá soluções de digitalização para otimizar o consumo de energia além da introdução de turbinas a gás para reduzir drasticamente o consumo de diesel em campo.
Em Bacalhau, na Bacia de Santos, a Equinor terá um dos maiores FPSO do Brasil, e o grande diferencial é a tecnologia para redução de emissões: será o primeiro FPSO do país a utilizar metodologia de ciclo combinado para aumentar a eficiência energética e reduzir as emissões de CO2.
Outro importante tópico é nosso pioneirismo em captura e armazenamento de carbono (CCS). Atualmente a principal tecnologia de descarbonização de combustíveis fósseis é uma importante medida de longo prazo para reduzir as emissões de CO2 globalmente. Nós operamos alguns dos maiores projetos em todo do mundo, capturando e armazenando mais de 23 milhões de toneladas de CO2 até hoje em dois campos na Noruega. Em nossa pesquisa, pretendemos contribuir para o desenvolvimento de projetos de captura e armazenamento de carbono em escala comercial.
2- Quais são as expectativas para a Rio Oil & Gas 2022 e seus principais objetivos?
A Rio Oil & Gas é um fórum extremamente relevante para a indústria. Num ano de tantos desafios para a indústria mundial de petróleo e gás natural como a guerra na Ucrânia, crise energética na Europa e alta do preço do barril, volatilidade nos preços das commodities e dos combustíveis. O encontro é essencial para debatermos o posicionamento de toda cadeia de O&G e reforçarmos nossa posição de apoiar a sociedade para que possamos ter um futuro sustentável, seguindo os propósitos dos Objetivos de Desenvolvimento da ONU e as metas do Acordo de Paris. Junto a parceiros, fornecedores, autoridades também vamos poder refletir sobre os próximos passos do setor, abordando assuntos como eficiência e segurança operacionais, competitividade de mercado, inovação, sustentabilidade, regulação, dentre outros.
3- A Rio Oil & Gas é reconhecida por promover debates relevantes sobre o desenvolvimento e consolidação da indústria de óleo e gás no Brasil e no mundo. Quais pautas vocês destacariam como mais urgentes para um fórum como o da Rio Oil & Gas?
A transição energética, sem dúvida, deve receber uma especial atenção. Desejamos apoiar e fomentar os debates sobre o crescimento em energias renováveis como uma das principais empresas globais do segmento. E nós entendemos que a produção de petróleo e gás está inserida na equação e deve fazer parte da solução, para garantirmos o fornecimento de energia que o mundo precisa hoje. Acreditamos que a geração de energia deve ser segura, sustentável e competitiva e, desta forma, trabalhamos para um futuro de baixo carbono, produzindo energia de forma mais limpa e eficiente.
4- Conforme destacado anteriormente, o avanço da transição energética tem sido balizador do discurso da companhia, sendo destrinchado nos pilares: “produção de petróleo e gás focada e eficiente em carbono”, “expansão acelerada e orientada por valor em energias renováveis” e “liderança na construção de novas tecnologias e cadeias de valor de baixo carbono”. Quais são as ações e projetos que a companhia tem investido para alcançar resultados alinhados com essa expectativa de futuro?
Nosso objetivo futuro é acelerar o crescimento em energias renováveis, sendo uma das principais empresas em eólica offshore globalmente e assumindo posições onshore em mercados selecionados. O Brasil é muito rico em recursos naturais. O país tem grande potencial tanto em óleo e gás quanto em energias renováveis, especialmente em energia eólica e solar. O amplo potencial dos recursos energéticos faz do Brasil uma das áreas-chave da empresa nesse sentido e um dos países onde a Equinor tem buscado ativamente oportunidades em energia renovável. Trabalhamos com três pilares: reduzir as emissões das operações em O&G, investir em renováveis e em soluções de baixo carbono.
O Complexo Apodi é a primeira usina solar do portfólio global da Equinor e está localizada no estado do Ceará, provendo energia para quase 200 mil famílias brasileiras. Em 2020, adquirimos uma participação na brasileira Micropower, que atua em sistemas de armazenamento de baterias e que vemos como parte importante do desenvolvimento de tecnologias necessárias para aceleração do processo de transição energética. Temos participado ativamente dos debates para os progressos do modelo e o marco regulatório de eólica offshore no país. Ainda tramitam no Ibama seis pedidos para parques offshore no Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil. O maior de todos com potencial de 4 mil MW.
A Equinor também deseja ser uma líder no processo de transição e nas ações para enfrentar a descarbonização de forma mais ampla. Hoje temos as menores emissões do setor e fomos eleitos pela organização não-governamental CDP como a empresa atuante no ramo de petróleo mais preparada para um futuro de baixo carbono. Acreditamos que o assunto é de extrema relevância para o momento em que a indústria está passando e temos o compromisso de participarmos ativamente destas discussões e colaborarmos com este processo. Cada vez mais produzimos petróleo e gás de forma mais eficiente, aumentamos o investimento em renováveis e vemos tecnologia e inovação como fundamentais para essa jornada.
Outro importante tópico é nosso pioneirismo em captura e armazenamento de carbono (CCS). Atualmente a principal tecnologia de descarbonização de combustíveis fósseis é uma importante medida de longo prazo para reduzir as emissões de CO2 globalmente. Nós operamos alguns dos maiores projetos em todo do mundo, capturando e armazenando mais de 23 milhões de toneladas de CO2 até hoje em dois campos na Noruega. Em nossa pesquisa, pretendemos contribuir para o desenvolvimento de projetos de captura e armazenamento de carbono em escala comercial.
Nas licenças operadas por parceiros, compartilhamos nossa competência com as operadoras e também aprendemos com a experiência delas para atingir nossas metas climáticas e criar valor compartilhado, buscando a eficiência energética que apoiará a redução de CO2.
5- É a primeira edição da Rio Oil & Gas pós-pandemia, e um novo cenário tem se desenhado com a retomada econômica. Para a sua empresa, qual a importância de estar nestes eventos presenciais, principalmente como patrocinadora? Como você avalia a evolução do evento para o formato híbrido?
A pandemia trouxe uma nova perspectiva para organização dos eventos. Podemos ter perspectivas híbridas, com participação virtual ou presencial, sem perder a intensidade do debate, proporcionar acesso à informação e fomentar discussões. Isso abre novos caminhos e mostra como a revolução digital está diante do segmento de petróleo e gás. Na última edição, nosso CEO, Anders Opedal, participou do CEO Talks e foi uma excelente oportunidade para comentar sobre a posição de destaque que o Brasil tem na estratégia global da companhia. E queremos que a edição de 2022 amplie ainda mais estas fronteiras para que possamos contribuir com o desenvolvimento de nossa indústria e integrar públicos relevantes para ampliar o espaço democrático e sustentável da troca de ideias.
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