Confira a entrevista com a Chair do Comitê Organizador | ROG.e 2024

Confira a entrevista exclusiva com a Chair do Comitê Organizador sobre as novidades do evento

Confira a entrevista exclusiva com a Chair do Comitê Organizador sobre as novidades do evento

23/07/2020

A cinco meses da sua realização, a Rio Oil & Gas, maior plataforma de negócios e networking da América Latina, passa por uma mudança inédita de conceito. Pela primeira vez em quase 40 anos, será inteiramente virtual, entre 1º e 3 de dezembro de 2020, e deixará de ser um evento bianual para se transformar em uma marca de inovação.

Confira, a seguir, uma entrevista exclusiva com Cristina Pinho, secretária-geral do IBP e chair do Comitê Organizador da Rio Oil & Gas, sobre as principais novidades e o que os participantes podem esperar das edições 2020/2021.

1- Você assume a liderança do maior evento de O&G da América Latina, que, pela primeira vez em quase 40 anos, adota um formato inteiramente digital. Quais são os desafios dessa transposição de formato?

CP: Eu não vejo, ao contrário do que muitas pessoas pensam, que o desafio seja tecnológico, porque para você simplesmente fazer o “de-para” do analógico para o digital, existem ferramentas. O grande desafio é em termos de comportamento. É a gente quebrar o paradigma da nossa indústria, dos nossos executivos, dos nossos participantes, das empresas que estão participando desse evento – principalmente as médias e as pequenas. A gente precisa quebrar esse preconceito de que não será possível fazer um networking adequado digitalmente, de que vai ser muito difícil as empresas chamarem atenção dos nossos visitantes digitais para o seu produto e sua marca. Então, para mim, o desafio está muito voltado para cultura e também para a gente conseguir provar a essas empresas o valor e a eficiência: o resultado final dessa Rio Oil & Gas pode ser muito clara e robusta um resultado de sucesso.

2- Além da não necessidade de deslocamento, o que você acha que esse novo conceito vai agregar para a experiência das pessoas, tanto para os congressistas quanto para os autores?

CP: Para os congressistas, autores e empresas, eu acho que a gente tem que provocar uma capilaridade muito maior do alcance deles. Se a gente tinha 10 mil pessoas em uma Rio Oil & Gas tradicional, a gente tem que atingir mais pessoas em um ambiente como esse, virtual. O virtual não tem limite regional. Então, para quem está se apresentando, quer ser conhecido, quer que seu trabalho seja reconhecido dentro e fora do país, essa é a grande oportunidade. É esse alcance possível que um evento virtual pode dar para os seus participantes.

3- O que as empresas podem esperar desse novo formato em termos de visibilidade para os seus serviços e soluções?

CP: Eu acho que as empresas têm que conhecer melhor as ferramentas que estamos desenvolvendo. Então, à medida que formos provando para elas que vamos continuar sendo um grande evento, acho que elas vão perceber o valor de participar da Rio Oil & Gas 2020. E cabe a nós comunicar isso direito. Além disso, temos que ouvi-las – quais são as dificuldades que elas estão encontrando, o que elas percebem de dificuldade para poder fazer o seu conteúdo, para chamar atenção desse público. Então, também cabe a nós proporcionar as soluções para as empresas que não têm a experiência de participar de um evento como esse.

 4- Além da pandemia do novo coronavírus, o que ocasionou essa alteração de conceito?

Eu vejo a Rio Oil & Gas 2020 muito como esse piloto de uma digitalização que não tem volta. Acho que nenhum evento mais vai deixar de ser virtual. Ele poderá ser físico também, mas sem deixar o virtual. Acho que já era um movimento que estava acontecendo. Justamente porque as pessoas querem reduzir a sua pegada de carbono, os eventos vinham buscando esse tipo de sustentabilidade. Ficava cada vez mais difícil para as pessoas se deslocarem no mundo, é cada vez mais cansativo você fazer isso, e eu acho que a pandemia acelerou um processo que já era natural e que já vinha acontecendo, que é essa redução física de eventos e a combinação com o virtual. Então, acho que a edição 2020 vai ser um grande teste, o grande piloto, principalmente para quebrar essas resistências que existem em alguns segmentos da nossa indústria.

5- O que podemos aguardar em termos de adaptações na programação e nos temas previamente propostos?

CP: Nós vamos aproveitar todos os trabalhos que foram já selecionados. Muitos deles serão apresentados não só nesses três dias, já que a Rio Oil & Gas passa a ser uma plataforma digital, com eventos o ano todo, até culminar em uma nova edição, em 2021. Então, todo esse arcabouço técnico e de conhecimento que foi desenvolvido e elaborado para a Rio Oil & Gas no modo tradicional vai estar disponível ao longo de todo o ano e também na própria Rio Oil & Gas 2020. A grade deste ano vai ter congresso, CEO Talks, eventos patrocinados pelas próprias empresas, coffee break, happy hour e palestras, que vão promover o networking entre as pessoas, porque a gente sabe o quanto isso também é importante: networking das empresas com as pessoas; das pessoas com as empresas. Então, promoveremos essa rede de conhecimento e não vamos deixar, é claro, de dar atenção a essa promoção do conhecimento técnico, que é um dos pilares da Rio Oil & Gas.

6- No ano que vem, haverá uma versão híbrida da Rio Oil & Gas. Quais serão os pontos de convergência entre as edições de 2020 e de 2021?

CP: Os pontos de convergência serão muitos, porque a plataforma, por exemplo, será a mesma, mas com as melhorias que vamos identificar na Rio Oil & Gas 2020. Vamos agregar outros produtos que identificarmos como valorosos para nossos patrocinadores. Vamos ter uma plataforma digital, virtual, que vai acompanhar a Rio Oil & Gas 2021. E ela vai ter a sua parte física, com espaços de ativação físicos e estúdios, nos quais as pessoas vão poder participar  presencialmente das palestras, das conversas, dos diálogos, em um formato que permita que haja uma forte interação também do público, de forma virtual. Além disso, outro ponto de convergência é a participação dos patrocinadores e expositores nessa experiência. Por meio do mesmo pacote, quem participar da Rio Oil & Gas 2020 também entra em 2021 com o mesmo investimento.

7- A Rio Oil & Gas vai deixar de ser bianual para virar uma marca de plataforma de inovação. Você vê espaço para a conferência crescer e, talvez, se reposicionar?

CP: Com certeza. Como é que vamos buscar esse crescimento? Não só com o número de pessoas que podem vir a conhecer a Rio Oil & Gas, que virão nesse novo formato, atingindo um público maior no Brasil e no mundo, mas também com outras empresas. Então, estamos com uma ambição de realmente atingir outros segmentos que, hoje, compõem o setor de energia – energias alternativas, energia elétrica, offshore wind, energia renovável. Além disso, queremos atrair empresas de inovação, empresas que apoiam a tecnologia virtual. E tem todo um segmento financeiro que a gente quer trazer para dentro dessa nova Rio Oil & Gas. Tem, sim, um mercado econômico e financeiro que tem interesse de conhecer melhor o segmento, de aportar conhecimento do setor de óleo e gás para dentro desses grupos de investimento. Queremos atrair essas empresas para conhecerem e participarem da Rio Oil & Gas.

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