Ambiente de negócios e resiliência: peças-chave em crise | ROG.e 2024

Bom ambiente de negócios e resiliência operacional são chave em momento de instabilidade, dizem IOCs

Bom ambiente de negócios e resiliência operacional são chave em momento de instabilidade, dizem IOCs

02/12/2020

Resiliência operacional, controle de Capex e Opex e regulação mais fluida foram as palavras de ordem da sessão “Grandes projetos offshore – Desenvolvimento, inovações e oportunidades”, que reuniu representantes da Total, Petrobras, ExxonMobil e Repsol. O mediador Soichi Ide, Chief Digital Officer e Vice Presidente de Operações da Modec, iniciou a conversa fazendo um panorama sobre a retração de investimentos e volatilidade sem precedente provocada pela Covid-19. O cenário, no entanto, não é tão alarmante para o Brasil. “Estamos vendo que ativos de águas ultraprofundas na América Latina estão sendo mais resilientes”, disse Ide.

Para Artur Nunes-da-Silva, VP de E&P Deepwater da Total, as reservas naturais do Brasil chamam atenção, mas podem ser ainda mais atraentes. “O pré-sal já tem poços espetaculares. Se a regulação local for mais fluida, atraindo mais investimentos e desenvolvido do setor, somando-se às ótimas condições geológicas, temos o cenário ideal”, disse o executivo. A Total mostrou ainda que, para ganhar eficiência, tem usado mais tecnologia, suporte digital, inteligência artificial e simplificação de engenharia subsea. O ponto foi corroborado por Maiza Pimenta Goulart, Gerente Executiva de Projetos de Desenvolvimento da Produção da Petrobras. “Estamos mais eficientes na produção do pré-sal, produzindo mais e com custos menores. A indústria se desenvolveu muito e estamos mais aptos a resolver problemas que eram mais complexos alguns anos atrás”, disse a executiva. Maiza ressalta ainda a importância do pré-sal na resiliência da companhia, especialmente nos momentos atuais de instabilidade.

Jayme Meier, Vice Presidente Projeto de Águas Profundas da ExxonMobil Global Projects Company, destacou o Brasil como região-chave na estratégia da empresa e mostrou, também, o trabalho em andamento na Guiana como case de gerenciamento de grandes projetos. Um dos pontos reforçados pela executiva, e que ecoam a fala de outros convidados, foi a segurança jurídica. “Um dos principais elementos para nosso trabalho na região é a colaboração local, por meio de regras fluidas que nos permitam mais liberdade na formação de parcerias e em nossas estratégias com fornecedores”, disse a Jayme. A relação com fornecedores para redução de custos e resiliência foi também defendida por Lorena Dominguez Espido, COO da Repsol Sinopec, levantando a questão: como reduzir custo e aumentar produção? “Precisamos ser mais flexíveis. Precisamos nos perguntar se precisamos de uma Ferrari ou de um utilitário”, explicou a executiva, que defendeu revisão de estratégia com fornecedores. Lorena destacou ainda que a transição energética e a Covid-19 foram os pontos mais transformadores no setor, um por conta dos altos investimentos que virão nos próximos anos, outro pelo impacto no modo pelo qual projetos – em andamento ou futuros – passaram a ser gerenciados.

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