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Na Rio Oil & Gas especialistas discutem segurança cibernética e gestão de dados, considerada “a nova mudança climática” para as petroleiras

Na Rio Oil & Gas especialistas discutem segurança cibernética e gestão de dados, considerada “a nova mudança climática” para as petroleiras

02/12/2020

Em 2020, como consequência da pandemia, a governança e a segurança cibernética assumiram grande protagonismo dentro das empresas. Ataques cibernéticos estão custando às empresas milhões de dólares em suas receitas. Além disso, causam danos à reputação da marca por conta do tempo de inatividade ao qual a empresa pode ficar exposta. Moderada pelo CEO da Siemens, André Clark, a sessão “”Segurança cibernética e Gestão de dados: a nova mudança climática”” abordou o panorama dos ataques cibernéticos e as possíveis iniciativas de proteção.

Márcia Tosta, Gerente Executiva de Segurança Cibernética da Petrobras, destacou a importância da segurança da informação para impedir que esses ataques às empresas tenham sucesso. “Entre agosto e setembro, aconteceram no país de 3 a 4 bilhões de ataques cibernéticos, o que nos mostra que o perfil desses ataques mudou. Antes eram hackers que faziam isso por vaidade, hoje, é um negócio milionário: roubar dados. Por isso devemos aumentar nossas defesas e tomar ações antes do dano”, disse.

Raphael Moura, Diretor Geral Interino da ANP, afirmou que claramente um ataque à base de dados da entidade não causaria danos físicos, mas poderia paralisar a operação, como ocorreu recentemente com o STJ. “Nós que atuamos no setor de O&G estamos acostumados com eventos de alto risco, pois lidamos com hidrocarbonetos, elementos altamente inflamáveis, porém, com um ataque cibernético, podemos ter perdas de dados irreparáveis nas nossas bases. Um ataque desse tipo, que no Brasil ocorre a cada 39 segundos, pode colocar a sociedade em risco”, disse.

Para Carlos Tunes, Business Development Leader da IBM, faltam especialistas em cibersegurança, inteligência artificial e data science. Ele lembrou ainda que algumas das razões que levaram ao aumento deste tipo de ataque durante a pandemia foi o aumento do home office e a transferência de dados por meio da nuvem e da internet. “Temos que implementar a cultura da cyber segurança, visto que violar a segurança de dados significa prejuízo financeiro. Um ataque no Brasil custa em média 6 milhões, ou seja, é responsabilidade da empresa, governo, mas também do usuário”, afirma.

O Coronel Marcelo Paiva Fontenele, PhD Coronel / Diretor do Departamento de Segurança da Informação do GSI-PR, fechou a discussão e apresentou as normas que estão sendo revistas no Brasil, incluindo a que trata especificamente de segurança da informação. ”Olhando especificamente para o setor de O&G, acredito que há um grau de maturidade no que se refere à segurança da informação, pois é uma indústria que envolve infraestruturas críticas e altas tecnologias. Nossa missão agora é ter uma maior coordenação do setor para viabilizar trocas”, concluiu.

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