Liderança Feminina: Protagonismo das mulheres foi debatido no último dia da Rio Oil & Gas
A importância da diversidade nas empresas se faz cada vez mais notória. Diversas corporações vêm investindo em programas que fomentam a inclusão e o desenvolvimento de carreira das mulheres. A sessão da Rio Oil & Gas “Diversidade e liderança feminina em energia: uma questão de estratégia, mindset ou protagonismo?” – mediada pela SVP Global Head of Coaching, Inclusion and Leadership Development da LHH (Lee Hecht Harrison), Jessica Conser – trouxe para a mesa de debate algumas histórias de mulheres líderes, que venceram as barreiras do preconceito e construíram uma carreira de sucesso no segmento de O&G.
Michelle Pflueger, General Manager Asset Development da Chevron Gulf of Mexico afirmou que ao escolher sua profissão não tinha consciência do tamanho do desafio. “No início da minha carreira, não existiam banheiros destinados às mulheres em muitas das instalações que eu trabalhava. Isso mudou completamente. Acredito que o nosso papel seja estimular essa geração a ser feminista”, comenta.
Anelise Lara, Diretora Executiva de Refino e Gás Natural da Petrobras, destacou a singularidade de ser mulher e a necessidade de um ambiente favorável em culturas corporativas. “A pandemia da COVID-19 veio nos mostrar que o trabalho remoto funciona e que pode ser usado em diversas situações. Ao longo da minha carreira, vi mulheres brilhantes desistindo, por falta de tempo e apoio para administrar as funções como mãe, esposa e profissional. Acredito que podemos utilizar essa experiência do home office, fazendo horários mais flexíveis, entendendo essas demandas e retendo esses talentos na indústria”, disse.
Susan Farrell, Vice Presidente da IHS Markit, mencionou a mudança de tratamento diante do avanço tecnológico. “Muitas vezes somos interrompidas em reuniões. Com o uso de aplicativos e salas virtuais, não há essa possibilidade”, frisou. Ana Zambelli, Coordenadora do Comitê de Diversidade do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), disse que o desafio é tirar a discussão das salas de reuniões e trazer para o tático. “Nossa missão é entender como a diversidade pode agregar para essa indústria do O&G. O protagonismo feminino deve ser um direcionamento para as companhias do setor”, concluiu.