“A Rio Oil & Gas é um encontro que precisamos promover”, afirma Country Manager da Aker Solutions
Com um histórico de volatilidade, a indústria de óleo e gás se encontra em um momento sem precedentes: paralisação de parte das atividades devido à Covid-19, queda do preço do barril e um cenário de instabilidade econômica no país. No entanto, com a crise, também vêm as oportunidades.
Confira, a seguir, uma entrevista com Volmir Korzeniewski, Country Manager da Aker Solutions, sobre os aprendizados que esse panorama pode trazer para o setor de O&G, como a retomada da indústria pode ser diferente da que ocorreu em outros momentos e a importância de um evento como a Rio Oil & Gas, especialmente em um cenário como o atual:
1. Quais aprendizados uma crise como a atual pode trazer para a sustentabilidade dos negócios de O&G?
VK: Nosso mercado de óleo e gás já passou por muitas crises, mas este momento traz muitos ingredientes: a pandemia da Covid-19, o valor do barril de petróleo e a instabilidade econômica do país, que convergem nesta tempestade perfeita que tem afetado investimentos no setor. Mas as crises certamente trazem muitos aprendizados e oportunidades. Na Aker Solutions, sempre trabalhamos com a filosofia de manufatura lean, mas temos levado o mesmo princípio para os escritórios e financeiro – trazendo muitos ganhos. Esse cenário também é um terreno fértil para automação e de digitalização de processos, que visam à otimização de custos e maior eficiência. As empresas do setor também estão se reinventando e se surpreendendo com a produtividade e possibilidades do trabalho remoto. Desta forma, quebramos ainda mais barreiras e fronteiras – nos permitindo entregar as melhores soluções a partir de qualquer lugar do mundo.
2. Em um cenário como o atual, qual é a importância de um evento como a Rio Oil & Gas para empresas prestadoras de serviços?
VK: A Rio Oil & Gas é um importante “ponto de encontro” do setor, onde trocamos experiências, falamos sobre tendências, discutimos transformações e apresentamos soluções para o futuro. E também acaba sendo termômetro do mercado, que reflete o apetite dos investidores e a propensão à retomada. Ainda que adiada até que todos nos sintamos seguros o suficiente, ou mesmo que virtualmente, é um encontro que precisamos promover.
3. Com o momento que o setor está atravessando e a realidade remota à qual a sociedade está tendo que se adaptar, quais mudanças você espera para a retomada das atividades da indústria de O&G?
VK: O novo normal vai priorizar, mais do que nunca, a segurança. Pensar em como podemos usar as lições aprendidas para nos antecipar e responder de forma imediata a novas ondas de epidemias que possam surgir ou mesmo a simples ameaças. Nos valermos ainda mais de boas práticas universais de HSSE, compartilhar os mesmos manuais, guias e regras com o fim de preservar vidas, mitigar riscos e evitar acidentes. A pandemia tem contribuído para ressaltarmos o valor da vida – seja em campo ou no escritório. As mudanças, certamente, vão passar pela velocidade de resposta e adaptação, além de soluções de TI para a nova realidade e a busca de ainda mais eficiência para a operação. Mas, principalmente, o futuro da indústria de petróleo e gás depende da capacidade de encontrarmos soluções conjuntas com operadores, fornecedores e órgãos regulatórios que garantam a viabilidade e sustentabilidade de toda a cadeia produtiva.
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