“A situação atual veio provocar uma aceleração da necessidade de encararmos o mercado de energia de forma diferenciada”, afirma CEO da Petrogal
Em um momento estratégico para o E&P, a pandemia acelerou uma tendência de enxergar o mercado de energia de outra forma. A transição energética se torna, assim, uma das principais pautas do momento pelo qual a indústria atravessa. É o que aponta Miguel Pereira, CEO da Petrogal, patrocinadora da Rio Oil & Gas 2020.
Confira a entrevista exclusiva com o executivo sobre as expectativas para o novo formato do evento, e as discussões que ele aponta como imprescindíveis para a próxima edição da conferência, que será realizada de forma virtual entre os dias 1º e 3 de dezembro de 2020.
1.Como vocês avaliam a mudança de formato da Rio Oil & Gas?
MP: A primeira impressão é muito positiva. A Rio Oil & Gas é o principal evento da indústria no Brasil. A situação atual implica olhar para o evento de forma diferenciada. Logo, a proposta de realizá-lo de forma virtual em 2020 e a proposta híbrida para 2021, além da criação de uma plataforma digital permanente, demonstram agilidade e inovação por parte do IBP. Para nós, muito boa iniciativa. Claro que exigirá aos participantes flexibilidade para esta nova forma de interação.
2. Como a participação nesta edição da Rio Oil & Gas é importante para os objetivos da empresa no Brasil?
MP: A participação na Rio Oil & Gas fez sempre parte da estratégia de comunicação e interação com o mercado da Petrogal Brasil (Galp), portanto encaramos esta nova forma com expetativa e faremos o que estiver ao nosso alcance para que seja um sucesso.
3. A Rio Oil & Gas sempre reflete o momento da indústria de O&G e consolida tendências. Quais discussões vocês apontariam como imprescindíveis para o setor no momento pelo qual passamos?
MP: A indústria de E&P atravessa um momento de grande alteração estratégica. A situação atual de pandemia veio provocar uma aceleração do trend já previsto da necessidade de encararmos o mercado de energia de forma diferenciada. A Galp (principal acionista da Petrogal Brasil) é uma empresa integrada de energia, ou seja, produz, transforma e vende todas as formas de energia, petróleo e seus derivados, gás natural, eletricidade e biocombustíveis.
Assim, não tenho dúvida de que o principal tema em discussão será a transição energética – seja do ponto de vista da indústria, seja do ponto de vista da sociedade e das alterações que ela provocará na nossa vida. Depois e mais focado no Brasil, a abertura do mercado de gás natural e, com certeza, o tema imprescindível de como otimizar a produção de petróleo no offshore brasileiro. Diria que serão esses os principais temas para debate.
4.Quais são os planos para o Brasil nos próximos anos?
MP: A Petrogal Brasil, como 3º produtor de petróleo e gás natural no Brasil e com presença neste mercado desde 1990, manterá a sua visão de que o mercado brasileiro de E&P é fundamental para a empresa e seus acionistas e olhará para todas as oportunidades de criação de valor adicional que permitam desenvolver a sua atividade de forma sustentável.