Integração entre gás e energia passa por térmicas | ROG.e 2024

Integração entre gás e energia passa por térmicas flexíveis e competitivas

Integração entre gás e energia passa por térmicas flexíveis e competitivas

03/12/2020

Na sessão “Integração gás-eletricidade”, o enfoque foi discutir como harmonizar demandas dos dois setores. O elétrico busca, na geração térmica, complementaridade às renováveis e as petroleiras têm o desafio de viabilizar sua produção, principalmente em campos com gás natural associado. Nesse contexto de energias renováveis cada vez mais competitivas, o setor elétrico debate mudanças importantes com objetivo de modernizar a sua regulação. Por outro lado, o setor de gás natural também atravessa uma etapa de amadurecimento rápido, com o Novo Mercado de Gás. A geração térmica, segundo os debatedores, foi apontada com uma demanda importante, com atributos como segurança energética, segurança elétrica, geração de ponta e redução de perdas em transmissão. Para Edson Silva, membro do Comitê Executivo da ENGIE, “o Brasil tem espaço para a geração inflexível, desde que ela seja competitiva.” “Para colocar mais megawatts para gerar, tem que haver mais demanda para consumir.”

Luiz Carlos Ciocchi, Diretor Presidente da ONS ressaltou a importância da flexibilidade. “Na medida que sei que em determinada região há uma característica que requer uma flexibilidade ou potência, preciso de energia em determinado horário ou de contingência. Esse serviço com sinalização econômica bem determinado pode atrair o investidor a colocar seu capital naquele serviço. Atualmente, o que ocorre é buscar essa flexibilidade em serviços que não são remunerados pelo consumidor.” Para Guilherme Perdigão, Gerente Geral de Novas Energias da Shell, é fundamental que nesse momento de transição haja um alinhamento da precificação das novas energias. “Já existem modelos de negócios flexíveis em outros mercados do mundo, mas é preciso um sinal econômico, pois nem sempre a geração eólica será mais barata que a geração a gás, por exemplo. Por isso, é fundamental a separação de lastro e energia.”

Compartilhe