“Na retração, a Rio Oil & Gas mostrou a resiliência da nossa indústria”, afirma Gerente de Eventos do IBP
A menos de seis meses da Rio Oil & Gas 2020, que ocorre entre 21 e 24 de setembro, no Rio de Janeiro, o mundo se depara com um cenário sem precedentes. A pandemia do COVID-19 tem sido monitorada pelos Comitês Técnico e Organizador, mas uma equipe de mais de 200 colaboradores segue trabalhando para realizar o maior evento de O&G da América Latina.
Confira, a seguir, uma entrevista com Victor Montenegro, gerente sênior de eventos do IBP, sobre os possíveis impactos do novo coronavírus na Rio Oil & Gas 2020 e como patrocinadores e expositores podem potencializar suas experiências.
1.Temos visto o cancelamento/adiamento de vários eventos tradicionais pelo mundo por conta do novo coronavírus. Como a Rio Oil & Gas 2020 pode ser afetada pelo COVID-19?
VM: O setor de eventos foi um dos primeiros a ser impactado duramente por esta pandemia. Desde o início do ano, estamos monitorando a situação na China e os impactos em grandes eventos na Ásia e Europa e, agora, por todo o mundo. A Rio Oil & Gas é sensível a todo esse cenário, principalmente em relação à confirmação de palestrantes internacionais, mas os principais eventos do segundo semestre estão mantidos, como a ONS, a Gastech e o WPC. Alguns serão realizados antes da Rio Oil & Gas. Temos mais de 200 colaboradores trabalhando para entregar o planejamento original, mas monitorando a situação para entregar mais um evento de resultados e, acima de tudo, com segurança para todos os stakeholders.
2. Em um cenário em que as pessoas estão cada vez mais conectadas, com a atenção sendo disputada nos meios on e offline, como os expositores e patrocinadores podem potencializar suas experiências dentro da Rio Oil & Gas?
VM: Eu tenho convicção que toda essa crise vai alterar nossa forma de trabalhar e, com certeza, também vai transformar o mercado de eventos. Algumas empresas já vinham organizando pré-eventos virtuais, realizando “lives” durante o evento, comentando o conteúdo de palestras e divulgando seus produtos dentro deste contexto. Na organização da conferência, podemos explorar formas diferentes de participação online, tanto para palestrante como congressistas. Acho que são recursos que entram definitivamente em nossa rotina, um mundo a ser explorado já a partir dessa edição.
3. A Rio Oil & Gas 2020 alcançou 85% de sua área de exposição reservada muito mais rapidamente do que a edição anterior e já recebeu quase 20% mais sinopses que 2018, ano em que já observávamos os sintomas da retomada do setor. Quais tendências esses comportamentos apontam para o mercado e para o congresso?
VM: Mesmo com o lockdown, hoje, temos uma ocupação 30% acima deste período na edição de 2018 e tivemos um aumento significativo de trabalhos técnicos recebidos. Estamos ainda em um momento com todos os olhares para questão da saúde e segurança de todos, mas esse é um encontro consolidado na agenda do setor. Entendo que ainda temos muito a crescer e precisamos estar juntos, com uma agenda positiva, para o segundo semestre.
4. O ano de 2020 está movimentado para o setor de O&G, devido à queda do preço do petróleo e aos impactos do novo coronavírus. Como a programação vai refletir esse momento de incertezas pelo qual a indústria essa passando?
VM: Hoje, temos um grupo de mais de 150 pessoas trabalhando nos comitês organizador e técnico, gestores e técnicos de operadoras, empresas do supply chain, agências e entidades. É interessante ver o engajamento e o sentimento de responsabilidade que o evento traz, principalmente em um momento de desafios como o que estamos vivendo. Podemos destacar, na programação, temas fundamentais sobre competitividade, soluções para retomar o crescimento e o futuro da indústria. Mesmo nos cenários de retração, a Rio Oil & Gas mostrou a união, força e resiliência da nossa indústria. Agora, não seria diferente.
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