Pandemia fez empresa reforçar seu propósito, diz CEO da BR Distribuidora
Depois da queda de 9% na demanda global de combustíveis, o setor de distribuição no Brasil se recuperou rapidamente dos impactos da pandemia da Covid-19 e a BR Distribuidora aproveitou para reforçar seu propósito de oferecer energias ao cliente, além de investir em parcerias na comercialização de gás natural e eletricidade. Esses foram alguns dos destaques da sessão CEO Talks, na Rio Oil & Gas, com Rafael Grisolia, CEO da companhia.
“A pandemia trouxe mudanças na mobilidade urbana, nos hábitos de transporte, no turismo, na aviação, mas aprendemos bastante na crise. A transição energética também influencia mais as decisões dos clientes. E a BR Distribuidora reforçou seu propósito de entregar energias, de buscar o melhor para o ser humano, clientes, fornecedores, times internos, de entregar valor para a sociedade.”
Grisolia foi entrevistado nesta quarta-feira (02.12) pela diretora-executiva Corporativa do IBP e chair da Rio Oil & Gas, Cristina Pinho. Ele listou as mudanças na BR desde seu IPO, em 2017, passando pela privatização, em 2019, quando se tornou uma Corporation, sem um acionista controlador.
“O modelo estatal é mais difícil em termos de agilidade, nos processos licitatórios, na gestão de pessoas. Temos 95 bases, mais de mil caminhões-tanque por dia, 7.700 postos de serviços com nossa bandeira, 18 mil clientes B2B e operamos em 99 aeroportos. Precisamos atuar com segurança e conveniência para o consumidor”, explicou.
Sobre a abertura no downstream, Grisolia defendeu mudanças regulatórias que destravem os investimentos, bem como o combate ao mercado irregular. “É muito importante uma competição sadia, com as mesmas regras para todos. Isso vai criar dinamismo. Mas temos que estar atentos ao roubo de combustíveis e à evasão fiscal. E a tecnologia é aliada para monitorar esse sistema”, afirmou, lembrando que a BR se digitalizou e migrou seus principais sistemas para a nuvem, numa parceria com a Amazon. O CEO da BR falou sobre os novos movimentos da empresa, como a joint venture com a Golar no setor de gás natural, onde a BR já atua como sócia da ESGás; e a compra da comercializadora de energia elétrica Targus.