Com mais de um século de atuação em solo brasileiro, Shell reforça seu posicionamento como protagonista no fortalecimento da Agenda ESG
A contagem regressiva para a Rio Oil & Gas avança rapidamente e a ansiedade de todos para um dos maiores encontros mundiais do mundo também. O contato presencial, as discussões técnicas e de mercado, os desafios e o horizonte do setor de O&G são alguns dos combustíveis que incentivam empresas como a Shell Brasil, patrocinadora black do evento, a participarem não apenas da exposição, mas também do congresso do evento.
Mais que um local de geração de negócios, diálogo, networking e experiências, a Rio Oil & Gas 2022, que pela primeira vez acontece no Boulevard Olímpico, na Zona Portuária da cidade, apresenta novas soluções, tecnologias, vislumbres da indústria no mais alto nível. É o que acredita Glauco Paiva, Gerente Executivo de Comunicação Corporativa e Responsabilidade Social da Shell Brasil.
Em entrevista exclusiva ao Boletim da Rio Oil & Gas, ele falou sobre a crescente importância que as pautas como Agenda ESG, transição energética e a geração de valor social têm para a indústria de petróleo, gás e energia. O executivo acredita que os jovens são ainda os grandes protagonistas na criação de um futuro mais sustentável movido à tecnologia, inovação e com propósito.
Confira abaixo a entrevista completa e, ao final, o convite especial da Shell para o público presente na Rio Oil & Gas 2022.
- É a primeira
edição da Rio Oil & Gas pós-pandemia, e um novo cenário tem se desenhado
com a retomada econômica. Para a Shell, quais são as expectativas e os
principais objetivos para a Rio Oil & Gas 2022?
As expectativas são enormes e inúmeras. E a retomada de um evento presencial, em um novo local. Um novo formato e potencialmente mais atrativo para o público geral, não apenas para quem é do setor, só reforça esse sentimento. Essa maior proximidade territorial, com evento sendo realizado na Zona Portuária do Rio de Janeiro, conhecida casa da indústria de O&G, já que reúne os grandes players, como as principais empresas e agentes reguladores, facilita esse diálogo e reflete as novas perspectivas para o evento.
Em termos de evento que realmente promova um diálogo integrado e transversal da nossa indústria, não há lugar melhor que a Rio Oil & Gas. É a oportunidade de reencontro com os colegas, com a turma que a gente se acostumou a ver só na telinha do celular ou do computador ao longo dos últimos dois anos e meio, e isso será ótimo, circular pelos corredores, painéis técnicos, a retomada desse networking interpessoal é algo que também traz muita expectativa para a gente.
Já o principal objetivo será sempre reforçar o nosso posicionamento como parceiro de escolha preferencial para o setor de petróleo e gás no Brasil. Quem quiser fazer negócios nessa indústria, tem que pensar ao menos na Shell como potencial parceiro. Nosso compromisso é com o Brasil, estamos aqui há 109 anos fazendo negócios continuamente com uma marca com apetite para continuar crescendo não apenas o próprio setor de petróleo e gás, mas também investindo em soluções e energias renováveis no âmbito da transição energética. A Shell entende também que a transição energética será uma pauta inevitável para Rio Oil & Gas na medida que o setor olha para o futuro.
- O que o público da exposição e os
participantes do Congresso podem esperar da Shell, e quais são os negócios,
produtos e serviços que serão apresentados no estande de vocês?
Eu não vou dar muito spoiler porque a minha equipe vai me repreender, mas, certamente, a participação da Shell passará por pilares de humanização da nossa marca, mostrar e continuar demonstrando que temos uma abordagem realmente de aproximação e humanização, de uma pegada otimista e leve com relação à nossa marca e como essa marca se relaciona com as pessoas. Pois, por mais que muitos possam interpretar a Rio Oil & Gas como um evento preferencialmente B2B (para empresas), nós aqui da Shell sempre nos permitimos tirar um pouco a gravata e entender que são pessoas que passarão pelos corredores do evento, já que nossa indústria é feita de e para gente.
Sobre o estande, a gente vai trazer bastante informação e interatividade, mas, logicamente, trazendo mensagens relacionadas a nossa mais recente atualização estratégica que passa por quatro pilares fundamentais: atingir emissões líquidas zero até 2050; impulsionar vidas, ou seja, a geração de valor social que o nosso negócio pode trazer e a aproximação com as comunidades no entorno e nas áreas de influência do nosso negócio, o respeito à natureza e a biodiversidade, e logicamente a geração de valor para os nossos acionistas e investidores, tudo isso estará representado no nosso estande de maneira bem leve e didática. O público também poderá conferir os projetos de marca, as ações de patrocínio e os diversos investimentos sociais que a gente faz aqui no Brasil, até porque essa é uma tônica da Shell, a geração de valor compartilhado com a sociedade.
- Segundo pesquisa recente divulgada pela Ethos/Revista Época, a Shell figura entre as 5 empresas com melhores práticas de Diversidade e Inclusão do setor de Energia. Quais são os principais programas e desafios da Shell voltados para o desenvolvimento da Agenda ESG?
Começarei pelo principal desafio em termos de diversidade e inclusão, não apenas para a Shell, mas para qualquer empresa que tenha um olhar voltado para essa agenda, é que você nunca pode estar satisfeito com a posição que você ocupa no presente. Diversidade e inclusão nunca são demais e você precisa estar sempre com um olhar muito atento para entender qual é o próximo projeto e ação para garantir que você continue evoluindo nessas pautas. Temos uma frase que costumamos usar muito internamente e traz muita verdade: se você não está muito proativamente atuando para incluir pessoas, você possivelmente está acidentalmente excluindo pessoas. Por isso, precisamos ter um olhar sempre muito atento. Claro que a gente avançou ao longo dos últimos anos, mas, se você olhar, e não temos problema nenhum em admitir isso, a composição dos quadros de alta liderança da Shell aqui no Brasil ainda não tem mulheres suficientes, não tem pessoas negras o suficiente, não tem uma representatividade LGBTQIA+ o suficiente, e isso inclui também o corpo de funcionários que temos atualmente na companhia.
Nesse sentido, o que fizemos recentemente foi trabalhar na elaboração de algumas metas e objetivos bem claros para recrutamento e progressão de carreira voltados para equidade e inclusão. Para nós, é um grande desafio, já que nossa estrutura global é muito matricial e você não tem uma hierarquia verticalizada que você possa subir numa linha e dizer que a meta é X. Você precisa atuar de equipe em equipe para estabelecer essas metas, mas seguimos com esse trabalho interno de avanço e, atualmente, trabalhamos não apenas com metas e objetivos de recrutamento de mercado, mas também de progressão de carreira para quem já faz parte da equipe na expectativa de que a gente realmente aumente a representatividade dos nossos quadros de liderança ao longo dos próximos anos. E esses compromissos vêm a partir de uma base muito sólida que nos é dada pelas nossas quatro redes de afinidade: equidade de gênero, de equidade racial, LGBTQIA+ e uma rede de pessoas com deficiência. Essas quatro redes trabalham de maneira muito afinada com o nosso RH para trazer demandas e discutir pautas com a alta liderança da companhia de maneira que a gente possa traçar esses planos.
É assim que temos caminhado nessa missão e já avançamos bastante. Quando olhamos o que tem sido feito e o nível das discussões que temos dentro da Shell Brasil, de cinco anos para cá tivemos um grande salto qualitativo, mas, sem dúvidas, ainda tem muito para fazer e sempre haverá algo por fazer, mas acredito que esse é o caminho. Particularmente, eu acho que o nosso setor de energia e, especialmente aquelas empresas que ainda têm um foco maior em petróleo e gás, ainda é muito masculinizado, mas estamos dispostos a seguir com as reflexões internas que precisam ser feitas para mudar esse padrão, e fundamentalmente, entendemos que diversidade, equidade, inclusão fazem bem para negócio.
- A Rio Oil & Gas é reconhecida por promover debates relevantes sobre o desenvolvimento e consolidação da indústria de óleo e gás no Brasil e no mundo. Conforme comentamos anteriormente, a transição energética é uma pauta essencial para ser discutida em um fórum do tamanho da Rio Oil & Gas 2022, mas quais outras pautas você destacaria para o debate que acontecerá em setembro?
Já destacamos, acima, duas pautas que, a meu ver, são absolutamente essenciais e inevitáveis, especialmente no nosso setor: transição energética e toda a discussão de diversidade, equidade e inclusão. E reforço que toda indústria, aqui incluindo a Shell, precisa reconhecer que ainda temos uma jornada a ser traçada no que diz respeito a esses temas. Mas, além a agenda ESG, descarbonização do setor, inovação, pesquisa e desenvolvimento, alguns painéis que mirem uma economia circular no nosso setor, são agendas que precisam estar em evidência. Logicamente, quando a gente trata de um congresso como o da Rio Oil & Gas, o nível das discussões já se inicia no mais alto grau e pensando no futuro da nossa indústria, não podemos deixar de falar sobre pautas como novas fronteiras, oportunidades de negócios, entre outras, que são a base para que a nossa indústria esteja alinhada com o que está por vir no horizonte que as novas gerações trazem e colocam na mesa de discussão.
Os jovens estão chegando cheios de energia, com muito vigor e cada dia mais conscientes. Assim, o propósito das companhias precisa estar cada dia mais claro e alinhado com quem chega agora. E, por mais que nosso setor seja muitas vezes vilipendiado, especialmente na questão climática, é preciso que as novas gerações entendam que, sem energia, o mundo para. São poucos os setores que eu consigo enxergar, além do nosso, que podem trazer tanto propósito para as futuras gerações — e aqui falamos de desenvolvimento socioeconômico, de melhoria de qualidade de vida para pessoas — que não seja a área de petróleo, gás e energia.
Para finalizar, tenho um convite especial para os leitores: venham nos visitar no estande da Shell, no Armazém IBP. Aguardaremos vocês ansiosamente e posso prometer, sem medo de errar, que a gente está preparando uma experiência única, bem diferente e interessante para todo mundo que passe pelo nosso espaço.
Tags: entrevistas, Agenda ESG