Transição energética e segurança das pessoas: dois pontos estratégicos da indústria de O&G
Ao falar na sessão de estreia do CEO Talks, que tem como tema “Energia para um Mundo em Transformação”, o novo CEO global da Equinor, Anders Opedal, apontou que o caminho para a indústria de óleo e gás no mundo é o da transição energética, em um cenário em que diferentes fontes de energia terão seu espaço. Anders lembrou da meta recentemente anunciada pela companhia de zerar as emissões líquidas de carbono até 2050. Segundo ele, até lá o mundo vai continuar consumindo óleo e gás, mas ressaltou: “Não podemos focar apenas na produção de óleo e gás, e sim em produzir com a menor emissão de carbono possível”.
Segundo o executivo, as diferentes fontes podem caminhar juntas. Ele lembrou que é possível unir a experiência da indústria na exploração e produção de óleo e gás ao desenvolvimento de projetos eólicos offshore, por exemplo, assim como levar energia elétrica para o funcionamento de plataformas de petróleo. “Nós podemos contribuir, podemos fazer a diferença nesse contexto”, ressaltou ele, lembrando que a estratégia da companhia de redução de emissões está alinhada com as metas definidas pelo Acordo de Paris.
Com relação aos ativos e projetos da Equinor no Brasil, Anders, que foi CEO da empresa no país, relembrou a trajetória e os desafios vividos pela companhia desde 2001. Destacou o exemplo de Peregrino, primeira e maior operação da Equinor fora da Noruega, que muitos desacreditavam ser capaz de produzir petróleo, mas que já superou a marca de 200 milhões de barris. Também falou de iniciativas da empresa na área de renováveis, como o Complexo Apodi, primeira planta solar da Equinor no mundo, e do MOU assinado com a Petrobras na última edição da Rio Oil & Gas, em 2018, para análise e desenvolvimento de projetos de energia eólica offshore. Elogiou os avanços na definição de um marco regulatório para o gás, mas lembrou que todos os projetos da Equinor concorrem entre si globalmente. “A partir de Peregrino, construímos uma organização sólida com um portifólio estruturado e diversificado.”
Anders também falou da importância da segurança das pessoas, prioridade número 1 para a companhia, e destacou a capacidade de adaptação e mobilização de todos para manter o ritmo de trabalho, mesmo com as mudanças necessárias decorrentes da pandemia. Ainda falando sobre segurança, ele lembrou que sempre é possível a indústria de O&G aprimorar seus procedimentos e defendeu a criação de um modelo de padronização entre as companhias.